quarta-feira, 22 de julho de 2009

Como um bloco... em defesa das nossas aldeias

"Portugal é dos países europeus com maior território rural: 85,4% corresponde a áreas rurais e 70% são zonas rurais com muito baixa densidade populacional. Nas últimas décadas muitas transformações ocorreram neste espaço. As condições de vida dos aglomerados rurais melhoraram consideravelmente, porém estas transformações não permitiram consolidar as economias rurais locais nem superaram as carências da população rural, persistindo situações de pobreza e exclusão ou agudizando-se o despovoamento e envelhecimento."
A principal actividade económica das nossas aldeias era (é) a agricultura.A vila de Carrazeda, curiosamente até ao 25 de Abril de 1974 não é a localidade com mais habitantes no concelho, sendo suplantada por outras aldeias do concelho, como Vilarinho da Castanheira, Linhares, Pombal e Castanheiro do Norte. É aí que se concentram as principais explorações agrícolas do concelho, constituídas pelos cereais, o vinho, o azeite, a amêndoa...
O abandono de muitas culturas agrícolas e de práticas tradicionais e, a par do declínio da agricultura na economia, no emprego e nas perspectivas da população rural, emergiram novas procuras do rural como espaço de consumo e residência. O rural surge agora associado a práticas de turismo e de lazer consubstanciado no turismo rural e de habitação e na procura de outras ofertas culturais: a gastronomia, o artesanato...
O desenvolvimento de espaços rurais deve assentar na dinâmica gerada pela vila. Para isso é preciso:
. integrar no espaço urbano da vila as aldeias vizinhas através de acessos e descentralização de serviços.
• Garantir acessibilidades e mobilidade;
• Assegurar um nível satisfatório de serviços de interesse geral e equipamentos sociais;
• Valorizar os recursos e amenidades rurais;
. criar emprego e fixar população.

Este é um processo que deve centrar-se nos recursos e capacidades locais, tanto dos que vivem e trabalham nas aldeias, bem como dos que aí se pretendem enraizar.

Para isso é necessário:
. Criar um gabinete municipal de apoio à criação de emprego local:
. Implementar serviços públicos básicos, tais como centros de dia e lares. Uma das medidas seria transformar as antigas escolas em centros de dia;
. Garantir condições de mobilidade acessíveis a toda a população e meios de transporte colectivo de qualidade. Numa primeira fase criar carreiras regulares com transporte municipal;
. Implementar redes de apoio social que respondam às situações de pobreza e exclusão social, por exemplo um número de emergência em idosos sós.
. Criar uma equipa municipal para sinalizar e acompanhar casos em colaboração com segurança social e Misericórdia local.
. Lutar pela manutenção da linha do Tua que é um transporte fundamental para as aldeias como Foz-Tua, Castanheiro, Tralhariz, S. Lourenço e Brunheda.
. Criar um gabinete de apoio à criação de de emprego (áreas de artesanato, produção cultural e actividades ligadas ao património natural, cultural e urbanístico; turismo de natureza, rural, de aventura, cultural, gastronómico e cinegético; tecnologias de informação e comunicação; serviços de proximidade que facilitem a conciliação entre a actividade profissional e a vida familiar (apoio a crianças, idosos e outros dependentes);
. Elaborar um plano para reabilitação do património arquitectónico construído, incluindo o habitacional: integrar e publicitar programas a exemplo das Aldeias do Xisto e das Aldeias Históricas;
. Projectar produtos agrícolas de excelência produzidos e apoiar a sua certificação.
. Lutar pela abertura total de uma extensão agrícola em Carrazeda de Ansiães.
Os eleitos pela candidatura do Bloco comprometem-se a desenvolver programas locais de desenvolvimento das nossas aldeias e que coloquem o social e o ambiental no centro da política autárquica carrazedense.

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