terça-feira, 29 de setembro de 2009

FREGUESIA DE SELORES


Em 21 de Maio de 1901 é criada em Selores uma Escola Primária Mista.
Porém, a sua população nem sempre foi igual em números. Em 1864 tinha 121 fogos e 325 pessoas. Teve um aumento até 1900, mas nas décadas de 10 e 20 apresenta uma quebra, para depois recuperar e atingir o ponto mais alto em 1960 com 532 habitantes.
A partir daí nota-se uma diminuição acentuada.
A emigração foi a principal causa desta diminuição já que havia necessidade de procurar uma vida melhor do que as magras economias que o trabalho da terra dava.

Têm por perto o Ribeiro das Selores e usam a Ponte do Terreiro Velho ou a Ponte da Rua Debaixo. Quanto às fontes gostam de nos ensinar a do Reguengo com arco redondo na estrada para a Lavandeira.

Capelas há a do Padre anexa à Casa das Selores e outra na Quinta, que é antiga, em cantaria, rústica e cheia de musgo envelhecido pelo tempo, semi-abandonada. Também há a Capela de S. Brás.

Mas é a Igreja Matriz o monumento mais imponente da aldeia, em atracção turística tão importante como a conhecida e apalaçada Casa das Selores.

A Igreja tem uma característica de horizontal idade, bastante longa, em granito renovado, Torre Sineira simples com 2 sinos e uma abertura em rosácea na fachada e por cima da porta principal. O seu interior é digno de uma visita demorada, não só pela talha dourada de seus altares, como também das pinturas que ostenta.

A Casa das Selores é uma bonita Casa Solarenga com três pedras de armas. Esta Casa foi Cabeça dum Morgado instituído em 1616 pelo Bispo do Porto, Frei Gonçalo de Morais. A sua fachada é interessante, com um dos corpos da casa com uma varanda maravilhosa arquitectónicamente, pois possui 10 colunas salomónicas de capitéis jónicos a sustentar a cornija. Esta apresenta-se ornada de duas fiadas de dentículos e protegida por um amplo beiral.

A festa principal é em Agosto ao Divino “Ecce homo”. Embora festejem também o S. Gregório, o padroeiro, a 12 de Março.
Além disso, logo à entrada está uma pequena capela em ruínas, mas que salta à nossa atenção pela simplicidade do seu portal com arco redondo ainda visível. É a Capela do Ferraz.

No meio da povoação, a Capela de Santo António está bem enquadrada em construções rurais com pedra aparelhada, e com muros laterais a ligar as habitações em volta, formando uma entrada poente com uma espécie de portal que dá acesso ao Largo fronteiriço.

É um local maravilhoso para fazer um filme com cenas rurais do início do século, pois ainda mantém uma certa traça rural bem campesina doutros tempos.

Deste modo, o visitante ou o estudioso encontra bons e muitos motivos para ir a Selores, aproveitando dar uma saltada ao Castelo de Ansiães e às suas ruínas, que lhe fica sobranceiro e lhe dá um horizonte visual diversificado e celestial.

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